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Saúde Coletiva
Saúde Coletiva

 

 

A Saúde Coletiva é um movimento que surgiu na década de 70 contestando os atuais paradigmas de saúde existentes na América Latina e buscando uma forma de superar a crise no campo da saúde. Ela surge devido à necessidade de construção de um campo teórico-conceitual em saúde frente ao esgotamento do modelo científico biologicista da saúde pública.

A saúde pública é entendida neste texto como vários movimentos que surgiram tanto na Europa quanto nas  Américas como forma de controlar, a priori,  as endemias que ameaçavam a ordem econômica vigente e depois como controle social, buscando a erradicação da miséria, desnutrição e analfabetismo. Contudo os vários modelos de saúde pública não conseguiram estabelecer uma política de saúde democrática efetiva e que ultrapassasse os limites interdisciplinares, ou seja, ainda permanecia centrado na figura hegemônica do médico.

Dessa forma, muitos programas de saúde pública, endossados pela Organização Mundial de Saúde, ficaram reduzidos à assistência médica simplificada, isto é, aos serviços básicos de saúde; resumindo: para uma população pobre um serviço pobre.

As definições de Winslow-Terris de saúde pública de que "a arte e a ciência de prevenir a doença e a incapacidade, prolongar a vida e promover a saúde física e mental mediante os enforços  organizados da comunidade" (Terris apud PAIM p.12), não são capazes de dar conta do essencial dos campos científicos e seus respectivos âmbitos de prática.

Segundo PAIM (s/d), a Saúde Coletiva é um movimento complexo definível apenas em sua configuração mais ampla, pois há várias formas de visualização e nenhuma delas isoladamente define a complexidade teórica desse novo conceito.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

Laerte A. Peres